A ministra da Cultura, Margareth Menezes, relembrou, na manhã desta quarta-feira (23), o encontro que teve com o papa Francisco e o presente feito por artesãs paraibanas que entregou ao pontífice. A entrevista à TV Cabo Branco foi concedida em João Pessoa, na Paraíba, onde ela participa do Encontro Nacional de Gestores de Cultura.
Margareth contou que, em 2023, ganhou um buquê de flores com escama de peixe — que guarda até hoje em seu gabinete — e uma rosa, que decidiu entregar ao papa.
O presente é a ‘Flor da Alcachofra’, assinado pela artesã Teresa Júlio, das Sereias da Penha. O projeto é desenvolvido na Praia da Penha, em João Pessoa, com mulheres artesãs produtoras de biojoias.
Em setembro de 2024, quando teve uma reunião no Vaticano, teve a oportunidade de se encontrar com Francisco e decidiu entregar o presente. Ela conta que conversou com o papa, explicou que o presente foi feito por mulheres da Paraíba e transmitiu um recado do presidente Lula.
Ela relembra que Francisco a recebeu com um sorriso, conversou com ela e fez uma brincadeira. A ministra também recebeu uma medalha pontifícia das mãos do papa Francisco.
“O papa Francisco representou um coração aberto. Neste momento, em que há tanto sofrimento no mundo, ter um líder espiritual que se propõe a expandir, a trazer esperança, a oferecer carinho à alma das pessoas é muito importante”, afirmou a ministra.
No Encontro Nacional de Cultura, a ministra Margareth Menezes participará das discussões sobre a integração entre as três esferas da gestão pública, para a compreensão sobre os papéis dos entes federados no ecossistema da cultura. O evento vai acontecer entre os dias 23 e 25 de abril, no Centro de Convenções.
Em entrevista à TV Cabo Branco, ela contou que a expectativa é que mais de duas mil pessoas participem do evento, que tem o objetivo de afinar a parceria com gestores culturais.
Margareth Menezes também destacou a capilaridade das políticas públicas de distribuição de investimentos em cultura para cidades e estados, como a Lei Aldir Blanc.
Ela avalia que as iniciativas garantem que cada região possa investir em cultura, com a possibilidade de apoiar grupos culturais locais e de diferentes regiões brasileiras, que, segundo ela, muitas vezes não conseguiam acessar os investimentos. “Como artista, também tenho que festejar isso, porque era muito difícil, principalmente para nós do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. As políticas de cultura ficavam muito afastadas da gente”, afirmou.
Quando questionada sobre como levar apresentações de artistas locais para outras regiões brasileiras, a ministra afirmou que a resposta também é o investimento em cultura, que permite o “fortalecimento do ambiente cultural” e a “circulação de artistas”.
