A decisão do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de elevar a partir de janeiro de 2021 as alíquotas de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) deve provocar uma alta no preço final para consumidores que pode chegar a 13,6%. O cálculo é da Fiesp, que está tentando derrubar a medida na Justiça.
De acordo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, em nota divulgada nesta 5ª feira (10.dez.2020), o aumento do ICMS "trará resultados desastrosos para a economia paulista". A Fiesp diz que a "medida também causará desemprego em São Paulo, uma vez que as empresas terão incentivo para se mudarem para outros Estados, onde a carga tributária não subiu, ou mesmo para o exterior, comprometendo a recuperação da economia paulista e brasileira".
Eis o cálculo da Fiesp para o aumento de preços finais ao consumidor para diversos produtos, como carne (alta de até 8,9%), leite longa vida (8,4%) e medicamentos para tratar Aids na rede privada (14%):
A inflação neste ano é estimada pelo mercado em 4,21%. Para 2021, a taxa deve ficar em 3,34%.
Ao soltar uma nota dura conta decisão de João Doria sobre o ICMS, a Fiesp se alinha ao discurso crítico usado por políticos bolsonaristas alinhados ao Palácio do Planalto.
Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, tem sido ativo nas críticas desde outubro –quando o aumento do ICMS foi anunciado. Neste post em seu perfil no Twitter, Eduardo registrou a decisão e Doria.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, é próximo ao presidente Jair Bolsonaro e sempre que pode divulga críticas a Doria.
Em 2022, a expectativa é que Doria seja candidato a presidente pelo PSDB e que Bolsonaro disputa a reeleição ao Palácio do Planalto.
Fonte: Poder 360