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Profissionais de Saúde alertam para os cuidados com o autodiagnóstico e automedicação

Por Redação em 22/10/2018 às 09:45:37
Foto: Reprodução

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A automedicação pode provocar danos à saúde e esconder problemas mais graves, que poderiam ser avaliados, investigados e diagnosticados por uma avaliação clínica. As discussões em torno do tema ainda reforçam a importância de utilizar os medicamentos corretamente e, reforçar a atenção para o descarte adequado, com orientações também para manter quaisquer medicamentos fora do alcance de crianças e animais domésticos.
 
"Pesquisas que apontam que 40,9% dos brasileiros fazem autodiagnóstico pela internet, o que é um risco, o que implica também nos dados de pessoas que se automedicam, em média 70% dos brasileiros. A automedicação é perigosa porque pode adiar um diagnóstico de doenças, podendo ainda ocasionar uma intoxicação medicamentosa e até levar a morte", ressaltou Luciane Costa, responsável pela Gerencia de Medicamentos e Assistência Farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
 
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a intoxicação por medicamentos ocupa o primeiro lugar dentre as causas de intoxicação registradas em todo o país, à frente dos produtos de limpeza, dos agrotóxicos e dos alimentos estragados.
 
"Não existe nenhum medicamento que não seja nocivo. Portanto, a administração eficaz de um medicamento depende de uma avaliação muito mais extensa do que simplesmente o que consta na bula", ressalta a farmacêutica Luciane Costa, esclarecendo também para a importância de ler a bula para saber se tem há contraindicação. "O uso de alguns fármacos sem orientação clínica pode também expor o indivíduo ao vício. Por isso, é necessário evitar a automedicação", completou.
 
Números - O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atendeu em 2017, 140 chamados por Intoxicação Exógena, que pode ser caracterizada por remédios em doses excessivas, picadas de animais venenosos, metais pesados, como chumbo e mercúrio, ou exposição a inseticidas e agrotóxicos. No período de janeiro a agosto de 2018, foram 96 ocorrências registradas e atendidas pelo Samu-JP 192.

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